terça-feira, 5 de julho de 2016

Gastrites (Parte 2)

Milena R. Macitelli & Ulysses Fagundes Neto


Anatomia da mucosa gástrica 

"Anatomia endoscópica"
 


O corpo gástrico é caracterizado por um pregueado mucoso espesso, que se estende distalmente até a incisura na pequena curvatura. O fundo possui mucosa semelhante a do corpo. O antro representa o final do pregueado mucoso até o piloro.

Apesar de diferentes locais anatômicos corresponderem a diferentes zonas histológicas, existem áreas de transição, ou seja, mucosa de transição, tais como: antro-corpo (na incisura) e região da cárdia.



Figura 4- Anatomia endoscópica do estômago e suas áreas de transição da mucosa.








Figura 5- Visualização endoscópica das diversas áreas anatômicas do estômago.
 
Manifestações clínicas

As manifestações clínicas dos diferentes tipos de gastrite costumam ser muito variáveis e irão depender de uma série de fatores, tais como por exemplo a etiología, a gravidade e a extensão da lesão.

Alguns estudos recentes têm demonstrado a associação de dor abdominal crônica e gastrite por H. pylori. Entretanto, na ausência de ulceração, a gastrite crônica associada a infecção por H. pylori é improvável que seja a causa da dor abdominal recorrente em crianças.

Crianças de menor idade com distúrbios pépticos podem apresentar vômitos, irritabilidade, inapetência e ocasionalmente perda de peso.

Crianças acima dos 10 anos de idade apresentam sintomas mais parecidos aos dos adultos: dor epigástrica, náuseas, vômitos, sensação de plenitude gástrica, anemia e perda de peso.

Sintomas de franca obstrução gástrica são incomuns em crianças.

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