Corticosesteróides
por via oral
1) Corticosesteróides
por via oral são eficazes para induzir a remissão clínica nos pacientes
pediátricos mas não são eficazes para manter a remissão clínica (Figura 1).
2)
Corticosesteróides
por via oral estão recomendados na Colite Ulcerativa de moderada intensidade em
pacientes selecionados que apresentam sintomas sistêmicos e naqueles com doença
grave sem sintomas sistêmicos, ou naqueles pacientes que fracassaram na tentativa
de alcançar a remissão utilizando terapêutica com dose ótima de 5-ASA. Muitos
pacientes que apresentam doença grave devem ser internados para receber terapia
intravenosa com corticoesteróide.
3)A
dose de prednisona/prednisolona deve ser de 1mg/kg até no máximo 40mg
ministrada diariamente, em dose única.
4) A
corticoesteróide-dependência nas crianças não deve ser aceita; a estratégia da retirada
do corticoesteróide deve ser devidamente estudada.
PONTOS
PRÁTICOS
1) A prednisona (pró-droga da prednisolona)
ou a prednisolona (corticoesteróide biologicamente ativo) podem ser usadas por
via oral em doses comparáveis. A budesonida por via oral não é recomendada para
a Colite Ulcerativa. Dados recentes sugerem que a administração oral e retal de
BDP, um novo corticoesteróide de ação tópica pode ser tão eficaz quanto a prednisona
nos casos de Colite Ulcerativa leve ou moderada.
2) A administração de uma dose única
total pela manhã é aconselhável para reduzir o potencial prejuízo sobre o
crescimento.
3) No caso da existência de refratariedade
ao corticoesteróide (inexistência de resposta ao corticoesteróide durante 7 a
14 dias) deve-se realizar a busca de uma dose ótima para definir o tratamento.
4) A corticoesteróide-dependência é
definida como a remissão da doença com a utilização do respectivo corticoesteróide,
porém, com recorrência dos sintomas quando a dose é diminuída, ou então, dentro
dos três meses seguintes da sua completa retirada, ou ainda se o corticoesteróide
não pôde ser suspenso dentro de 14 a 16 semanas de tratamento. A corticoesteróide-dependência
deve ser evitada por meio do escalonamente da dose de manutenção existente ou
pela adição de terapia tópica.
5) Na tabela 1, abaixo, esta
exemplificada uma proposta da retirada progressiva do corticoesteróide, baseada
na experiência prática dos experts.
Antibióticos e Probióticos (excluindo
Poucite)
1) Há insuficiente evidência para
recomendar terapia rotineira com antibióticos ou probióticos em pacientes
ambulatoriais para indução ou manutenção da remissão.
2) Probióticos podem ser considerados
de utilidade nos pacientes com Colite Ulcerativa de moderada intensidade e que
são intolerantes à 5-ASA, ou como uma terapia coadjuvante naqueles pacientes
que apresentam atividade residual moderada, a despeito de estarem recebendo a
terapia padronizada.
PONTOS
PRÁTICOS
1) A eficácia dos probióticos nos
ensaios clínicos tem sido demonstrada quando se utilizam VSL#3 (Tabela 2 - doses
diárias) e Escherichia coli Nissle.